Empreender é a saída para crise? style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Empreender é sem dúvida importante, visto que "empreender é dinamizar a economia". Sem a criação de novas empresas, novos nichos de mercado e sem fazer a economia girar, a sociedade em que vivemos colapsa, já que é imprescindível a criação de postos de trabalho para a geração de renda. Tem-se falado no empreendedorismo como uma alternativa para sair da crise, o que é interessante. No entanto, algumas questões precisam ser analisadas antes de se acreditar que somente essa saída irá resolver todo e qualquer problema. EMPREENDEDORISMO Pensemos na economia como um grande rio que continuamente flui. Ela encontra alguns percalços, mas sempre segue fluindo. O empresário é como se fosse um breve desvio do rio, que pega um pouco da água e devolve um outro tanto. Aqui encontra-se a questão: como empreender em um ambiente em que a reserva de água está baixa? O empresário até pode construir uma empresa através de algum financiamento, mas como fazer com que a empresa prospere? Estamos vivendo um contexto bastante delicado, e as consequências da pandemia ainda não foram sentidas na totalidade. O desemprego deve ser ampliado com demissões que estão por vir, decorrentes das suspensões de contratos de trabalho que ocorreram durante a pandemia. A lei 14.020 de 2020 prevê que aqueles que tiveram o contrato suspenso deverão permanecer empregados pelo tempo em que ficaram parados. Como o tempo de suspensão contratual era de até 180 dias, várias pessoas voltaram a trabalhar após a suspensão e o prazo de segurança no emprego (mais 180 dias) deve acabar nos próximos meses. Potencialmente teremos uma crescente nas demissões, visto que muitas empresas estão enfrentando dificuldade em se manter.
URGÊNCIA Neste momento se faz de suma importância uma política econômica séria. Até o momento, estão creditando à vacina a salvação da economia. Sem sombra de dúvidas, a vacinação vai ser imprescindível para a retomada com força da economia, entretanto, ela não é nem de longe suficiente para tal intento. O Brasil precisa com urgência de uma política econômica que mostre, de forma clara, como a quantidade de recursos circulantes será produzida. Precisamos de algum direcionamento do que será feito para sairmos da crise, pois, pela inércia, um abismo de desemprego e miséria baterá em nossa porta. Quem sabe no dia "D" e na hora "H" a economia se recupere!
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Crédulos e negacionistasRogério Koff style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> Após duas semanas de afastamento, retorno aos artigos inéditos no Diário. A foto que ilustra a coluna é de Karl Popper (1902-1994). Além de um grande crítico da esquerda e das teorias marxistas, Popper foi o maior filósofo da ciência do século 20 ou, quem sabe, de todos os tempos. Sua teoria mais famosa foi batizada de falsificacionismo. Popper defendia a tese de que as verdades científicas eram provisórias. Quando uma teoria científica deixasse de encontrar respaldo na experiência, o cientista honesto deixaria de defende-la e se renderia aos novos fatos. Comparando com a atualidade: alas da esquerda negam a eficácia de tratamentos preventivos contra o coronavírus e apostam nas vacinas. No lado direito, temos o contrário: negam a eficácia das vacinas e defendem tratamentos preventivos. Mas nem mesmo os cientistas chegaram a um consenso sobre estes temas. É comum que pesquisadores estejam em desacordo em relação a teorias que ainda não encontram comprovação. Apenas a experiência, no futuro, mostrará quem tem razão, se é que alguém tem. Ainda não há base científica comprovada para garantir o tratamento preventivo, como também não há para assegurar o pleno sucesso das vacinas. Estamos todos, inclusive os cientistas, tateando às escuras. Mas parte da mídia decidiu o contrário e definiu que aqueles que desconfiam da eficácia da vacina são "opositores da ciência". Não desacredito nas vacinas, mas também não ouso afirmar que elas funcionarão de forma plena contra variantes do novo vírus. A dúvida é uma posição científica. POLITIZAÇÃO DA PANDEMIA No Brasil há uma politização da pandemia. O atual governo federal destinou mais de 500 bilhões de reais para seu enfrentamento, sem falar no auxílio emergencial pago a desempregados. Houve má utilização de recursos por governos estaduais que estarão em breve sob investigação. Parte da mídia decidiu que o presidente Bolsonaro é responsável pelas mortes no Brasil. Poucos falam que o presidente da Câmara dos Deputados se negou a discutir a destinação de dinheiro do fundo partidário para a área da saúde. Mas para eles Bolsonaro é o genocida. Bolsonaro errou? Muitas vezes. Mas não se omitiu e garantiu distribuição de recursos para o combate à pandemia. Talvez o atual governo pudesse destinar mais dinheiro, caso os governos petistas não tivessem desperdiçado em estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014 ou para financiar Olimpíadas. Ou quem sabe se não tivessem patrocinado a construção de portos em Cuba, mandado auxílio para ditaduras de esquerda e desviado uma fortuna no escândalo do Petrolão. Não poderíamos ter mais hospitais públicos se tanto dinheiro não tivesse sido jogado fora? Quanto aos pedidos de impeachment do presidente, é o seguinte: meia dúzia de batedores de panela, movimentos sociais de pouca força, jornalistas sem memória e intelectuais de botequim não derrubam um presidente.
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